Tejo é Património

Tejo é Património

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Rio Tejo

Bilhete de Identidade



Nome: Rio Tejo
Nascente: Serra de Albarracín
Foz: Lisboa
Comprimento: 1.007 Km
Área da bacia: 80.600 Km2
Delta: Estuário do Tejo
Afluentes Principais: Guadiela, Algodor, Gévalo, Ibor, Almonte, Salor, Sever, Sorraia, Jarama, Guadarrama, Alberche, Tiétar, Alagón, Erges, Pônsul, Ocreza e Zêzere.
Países: Portugal e Espanha.

História

O rio Tejo sempre foi uma mais-valia para o povo português, este era utilizado no comércio, transporte de mercadorias e pessoas, era a “auto-estrada” da antiguidade.
Mas muito antes dos portugueses usufruírem das vantagens do Tejo, já os Fenícios tinham estabelecido um ponto comercial nas margens Norte, na zona de Lisboa.
A importância do rio Tejo também não escapou aos Mouros que conquistaram Lisboa em 714, desenvolvendo um porto onde mantinham as suas actividades económicas.
Já no tempo dos descobrimentos foi a partir da foz do Tejo que partiram as caravelas portuguesas em direcção á Índia com Vasco da Gama e Luís de Camões.

Rio Tejo

Actualmente o rio Tejo é uma das maiores potencialidades de desenvolvimento sócio-económico para os portugueses e para os espanhóis.
Com este recurso hídrico Portugal e Espanha têm acesso a inumeras vantagens, tais como a produção de energia eléctrica, maior disponibilidade hídrica, maior diversidade de espécies piscículas e maior diversidade de actividades económicas, desportivas e túristicas.

Fauna do Rio Tejo

Barbo Comum

Nome Científico: Barbus Bocagei.
Família: Cyprinidae. 
Época de Reprodução: Entre Abril e Junho.
Morfologia: Espécie de tamanho médio, com o perfil da cabeça ligeiramente convexo, boca inferior com dois pares de barbilhos. Os barbilhos posteriores atingem a linha média do olho. A barbatana dorsal apresenta o raio ossificado a 2/3 da altura da dorsal sendo o perfil posterior da barbatana quase linear e oblíquo relativamente ao perfil dorsal do corpo. O lábio superior é grande e espesso estando o labio inferior ligeiramente retraído.
Habitat Geral: O Barbo-comum ocorre nos troços médios e inferiores dos rios ocupando o fundo do mesmo. Prefere zonas com pouca ou moderada velocidade de corrente e troços mais profundos, tendo mais oxigénio e substrato fino. Os barbos mais jovens ocorrem em zonas com alguma profundidade, próximas da margem e sem corrente, evitando habitats com muita cobertura arbórea. 
Habitat de Reprodução: Na época de reprodução realiza migrações para montante surgindo em zonas de corrente rápida e de boa oxigenação, sobre fundos de areia ou cascalho.
Alimentação: O barbo-comum alimenta-se principalmente de materia vegetal e larvas de insectos aquáticos Ocosionalmente ingere areia, insectos terrestres e sementes. Os peixes de maiores dimensões alimentam-se de materia vegetal e ocasionalmente de outros peixes.

 Boga-de-boca-recta


Nome científico: Chondrostoma polylepis  
Tamanho máximo: 33 cm
Época de reprodução: De Maio a inicio de Julho.

Morfologia: A boga é uma espécie de tamanho médio, com corpo alongado e boca inferior. A boca é rectilínea sendo o lábio inferior grosso formando uma lâmina córnea bem desenvolvida. A barbatana dorsal é pequena. A barbatana anal tem 9 raios ramificados. Dorso e flanco são verde-escuro e o ventre é branco-prateado.
Habitat geral: A boga-de-boca-recta ocupa os troços médios dos tributários de maiores ordens e no rio principal, surgindo em zonas com corrente mas também em barragens. Existe uma associação entre a boga e zonas com elevada cobertura ripária.
Alimentação: Esta espécie alimenta-se quase exclusivamente de algas e detritos. Ocasionalmente ingere cladóceros, copépodes, quironomídeos, efemelídeos, hidropsiquídeos, baetídeos e ermicídeos. Em barragens alimenta-se de detritos.

Achigã

Nome Científico: Micropteus Salmoides
Família: Centrarquídeos
Morfologia: Os achigãs têm boca de grandes dimensões, tendo o maxilar inferior ligeiramente mais longo que o superior. A cabeça é essencialmente composta por ossos planos dos quais se destacam os opérculos que cobrem as quatro aberturas branquiais. O seu corpo encontra-se coberto por escamas ciclóides dispostas em fileiras. Possui duas barbatanas dorsais com raios espinhosos na primeira. Possui ainda mais duas barbatanas verticais (barbatana caudal e a Anal), tendo ainda duas séries de barbatanas pares, as peitorais e as pélvicas.
Habitat: O achigã encontra-se essencialmente em habitats constituidos por vegetação. Facilmente podemos encontrar concentrações de achigãs em árvores vivas ou mortas, em troncos e em arbustos, podendo também encontrar-se em pedras e rochas.
Alimentação: Todos os achigãs são predadores activos. Quando são jovens alimentam-se primeiro de microplâncton, depois das larvas de insectos, seguidamente, de insectos,  minhocas,  girinos e  pequenos crustáceos. Rápidamente passam para as presas de maiores dimensões tais como peixes, lagostins, rãs, cobras, lagartos, sendo que por vezes os achigãs de maiores dimensões chegam a capturar pequenas aves aquáticas. Sendo essencialmente um piscívoro, a sua alimentação é, quase na totalidade, constituída por lagostins.

 Carpa


Nome científico: Cyprinus Carpio
Família: Cyprinidae
Morfologia: É uma espécie muito combativa, com corpo alongado, coberto de escamas grandes, cabeça massiva e de forma triangular com uma boca terminal proeminente e com dois barbilhos. A barbatana dorsal é longa e com raios, sendo o primeiro mais forte e dentilhado. Apresenta um dorso castanho esverdeado, e o ventre uma coloração amarelada. 
Habitat: A Carpa tornou-se uma espécie tipicamente característica de albufeiras e cursos de água com corrente fraca e muita vegetação. Gosta especialmente de zonas pouco profundas com vegetação, árvores,  refugiando-se nos fundões nas alturas de frio ou calor mais intenso. Em alguns locais e beneficiando de determinadas situações naturais a Carpa consegue atingir cerca de 1 metro de comprimento e com um peso que poderá oscilar entre os 30 e os 35 kgs., existindo já diversos registos próximos dos 40 kgs.
Alimentação: Espécie omnívora de regime alimentar muito variado, alimentando-se de insectos, invertebrados, plantas e algas, ovos de batráquios e outros peixes. Tem uma preferência  por larvas de insectos, crustáceos e moluscos, ervas, plantas  aquáticas, algas, ingerindo os alimentos por sucção.

Flora do Rio Tejo

Choupo

Nome Científico: Populus nigra L.
Família: Salicaceae
Floração: Março a Abril
Maturação: Maio a Junho
Morfologia: As folhas deste tipo de árvores são simples, alternas, de forma triangular, verdes e com ramos longos. As margens das folhas são serradas ou dentriculadas, sendo que as folhas jovens diferem na sua forma. As flores aparecem na Primavera, antes da folhas. Os amentilhos masculinos têm cerca de 5 cm, sendo inicialmente cinzentos e posteriormente carmins. Os amentilhos femininos têm cerca de 6 a 7 cm, são esverdeados com flores individuais. Os frutos apresentam cor verde, sendo que as sementes estão contidas numa cápsula, formando lã seminal, que é transportada pelo vento a enormes distâncias. A sua casca é grossa, ficando gretada com partes cinzentas escuras.

Freixo


Nome Comum: Fraxinus angustifolia
Família: Oleáceas
Morfologia: Árvore de porte médio, podendo atingir os 25 metros de altura, e de folha caduca. a sua casca é lisa, cinzenta clara, que greta profundamente e escurece ao envelhecer. os lançamentos são nodosos e lisos nos gomos, que são cónicos e escuros. 
As folhas são verdes, compostas entre 5 a 13 folíolos, lanceolados e dentadas (na margem) com cerca de 3 a 9 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura. Os frutos desta espécie arbórea são as sâmaras (pequenas sementes envolvidas por uma pele semelhante a uma folha em forma de asa).

Salgueiro

Nome Científico: Salix alba
Família: Salicacaea
Altura: 6 a 25 m
Floração: Março a Abril
Morfologia: Árvore com tronco acinzentado e fendido, folhas com comprimento entre 5 a 12 cm e largura entre 1 a 2,5 cm. Flores amarelas ou esverdeadas, com amentilhos erectos, sedosos. As flores masculinas contêm estames e glândula nectarífera e as flores femininas contêm um pistolo, protegidas por uma escama caduca.
Habitat: Margens de cursos de água de baixa a média energia, sem caractér torrencial.

Medronheiro

Nome cientifico: Arbutus unedo
Morfologia: O medronheiro é um arbusto ou pequena árvore de folha persistente. Pode atingir os 8 a 10 m de altura. Este tipo de árvore possui ramos erectos e copa arredondada, dotada de um tronco coberto por uma casca castanha ou vermelha, fissurada que se desprende nas árvores mais antigas. As suas folhas são muito parecidas com as do loureiro e medem entre 4 a 11 cm de comprimento. As folhas, elípticas, apresentam uma cor cinzento - esverdeadas, não dentadas, de margens serradas, brilhantes e enceradas. A parte superior da folha é mais escura e a inferior mais pálida. As flores são brancas com toques cor de rosa, pequenas, que surgem no Outono em cachos pendentes de até 20 flores. Os frutos  são bagas  redondas e verrugosas com aproximadamente 3 cm de diâmetro.

 Junco


Nome científico: Juncus effusus
Família: Juncaceae
Morfologia: Plantas com caules cilíndricos com três fileiras de folhas. As flores miúdas são esverdeadas ou castanhas. A pequena vagem contém muitas sementes escuras. O junco comum é uma planta verde-escura e flexível, que cresce com frequência nos caminhos húmidos e nos gramados. A maioria das outras espécies cresce nos alagados ou nas pradarias húmidas. O tamanho habitual é de 1,5 m de altura.
Utilização: Espécies de juncos são usadas como fontes de alimento por larvas de algumas espécies de Lepidoptera.

Medidas de Preservação e Protecção das Espécies e do Curso de Água

- Presevação e Protecção das Espécies:

* Vigilância mais activa de forma a controlar a pesca furtiva;
* Criar áreas de reserva para que as espécies possam procriar;
* Sensibilizar as populações para que não capturem espécies sem o devido tamanho;
* Evitar as descargas poluentes para o curso de água (estas geralmente derivam de indústrias, tendo consequências nefastas em termos de fauna, flora e qualidade da água);
* Evitar a construção de barragens, estas impedem que as espécies píscicolas tenham o seu percurso normal no curso de água.



- Preservação da Água:

* Manter seguras as margens do curso de água e dominar o seu leito;
* Favorecer a sua píscicola;
* Manter a pureza das águas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bordalo 
 
Nome científico: Squalius alburnoides
Tamanho máximo: 13,5 cm.
Época de reprodução: De Março a Julho.
Morfologia: Espécie de pequenas dimensões com corpo comprimido e estreito, perfil da cabeça rectilíneo e perfil do ventre convexo. A boca não contém barbilhos, tendo o maxilar inferior bem desenvolvido e olhos grandes.
Habitat geral: O bordalo vive em rios com corrente e maior granulometria, de reduzida largura e profundidade. Habita em zonas de correnteza, estando associado a rios com solos ácidos e a zonas não poluídas. Ocorrem em zonas com 30 a 70 cm de profundidade e sem correntes. Os machos diplóides são mais abundantes em zonas de pequena profundidade, temperaturas mais elevadas, substrato de vasa ou areia enquanto as fêmeas triplóides ocorrem em zonas de maior velocidade e elevado coberto vegetal.
Alimentação: Esta espécie alimenta-se principalmente de insectos aquáticos, ingerindo também outras presas. Os alimentos mais comuns são as larvas de dípteros, de efemerópteros, coleópteros adultos, corixídeos, gastrópodes, ostrácodes, nemátodes, sementes, materia vegetal e a areia.